terça-feira, 7 de julho de 2009




ZIGUEZAGUES!
Como eu ando em grande!!! Tudo é lindo… e uma tristeza nunca vem desacompanhada e para não me levar à “deprê”, escrevo-TE!

Desde o final de ano que ando com um espelho partido às costas, um escadote sobre a cabeça e um rabo-de-gato preto enrolado aos tornozelos!

Não só as minhas viagens de fim-de-semana têm sido difíceis. Foi difícil o facto de já não te ter comigo, de surgirem opções e teres optado, foi difícil adaptar-me ao sozinho, foi DIFÍCIL!

Difícil é abrir as cartas de contas para pagar, sejam correntes ou extras! E difícil é ter sobre a mão o futuro de alguém por criar!

Não só foi difícil ver o motor do meu carro morrer, mas perceber o estilhaçar do meu coração com este meio ano DIFÍCIL!
Difícil é saber como consigo sorrir, com tanto peso e responsabilidade que nunca pensei vir a ter, eu, uma miúda despreocupada, felizarda.

Difícil é ter perdido há quatro anos o braço forte onde me apoiava, quando me levaram o homem que me ensinou a fazer puzzles e a cantar ao som da sua viola, o homem que há bem pouco tempo eu lhe dava pelos joelhos e olhava-o com a cabeça bem erguida lá para o alto do seu olhar para ver os seus olhos, a sua boca, a sua testa longa e sabe-lo soberano e acha-lo eterno.
Pelas cobras e lagartos que me envolvem o corpo e me prendem os movimentos mais simples da vida eu choro, um choro difícil ao ver-me sem sentido, cair na tristeza do vazio ignorante da mecânica do saber viver. Estou inquieta e sem saber o que fazer, farta que me digam e que falem da minha frieza, da minha distância, da minha ausência, da minha imparcialidade sobre os problemas dos outros. De tolo e loucos todos temos um pouco! O meu quinhão está-me dado … e eu estou DIFÍCIL!

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