sexta-feira, 24 de julho de 2009

PICAnços vai de FÉRIAS...

AÍ VAI ELA........ inté ao meu regresso
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Cala-te Pá!

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Uma conversa inequivocamente estúpida, burra, enervante, desgastante, triste, que não leva a lado nenhum! A Porta e o Portão. Ambos como sempre em discursos totalmente desconhecidos, com improváveis regras temporais. A Porta e o Portão nunca estavam preparados ao caminho a escolher, arriscavam temas mais ou menos leves, mas que acabavam sempre desastrosamente desgastantes, rudes e maus!
O Portão certo dia ganhou uma camisola verde, a Porta disse: - Toma lá oh Portão, o verde é que é mesmo a tua cor! Sim esse tom que ganhas, esse vermelho ferrugem é bonito e fica-te temporalmente sexy, mas não é definitivamente a tua cor!
O Portão estupefacto: - Obrigada Porta! Nem sei se me sinta lisonjeado ou espantado, estás doente Porta?
A Porta franze o sobrolho: - Nada disso Portão, atrevi-me em oferecer-ta, não espero que sintas nada, aliás tanto me faz o que sentes, quis dar e ponto!
O Portão desconfiado: - Ah está bem, então não sinto nada Porta! Quando a vestir logo lhe sinto o enlace!
Estranho e de cara atónita o Portão pensava, a vida dá muitas voltas e que voltas porra!
- Olha lá oh Portão, não inventes nem faças filmes que mudei, dou a camisola porque nem a Senhora Portinhola a quis, tal como eu achou que não lhe ficava bem e nem eu lhe gosto da malha!
Ao Portão se irisou as barras de ferro oxidadas, meteu a camisola no saco e ouviu…
- Então nem um abraço? ...ou um obrigada Porta!!!
- Ah sim, obrigada mais uma vez Porta, fico grato com tamanha sinceridade, a verdade acima de tudo, é um lema certeiro!
O Portão abriu duas barras e enlaçou a Porta que abria um sorriso profundamente orgulhoso da sua capacidade de oferta. Enquanto isso o Portão cogitava, …hum agora vejo-te com umas calças de ganga minhas, umas que quando as viste pela primeira vez retorquiste, “ que horror Portão! Essas calças são da idade das portas de pedra? Já mais as vestia! Respondi-te que sim, que era mesmo da idade do pedregulho mas que continuavam na moda! Riste! Mas é bem-feita para ti Porta, continuava pensando o Portão, vendo a Porta com elas enfiadas, nunca conhecera Porta mais metida a Portão!
- Para ti Porta, hoje é mau, amanhã é excelente! …um dia é da caça, outro é do caçador e uma mão lava a outra! ...como sabes Porta detesto esses dizeres, logo nem penses que ficas com as minhas calcinhas dos anos 90, porque são minhas! Ficam-me bem! E gosto do toque da ganga!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Desconexões

Incoerências, odeio! Incongruências despropositadas, absurdas lógicas, é para rir!
Hoje podia dormir até mais tarde, tenho estado de férias mas há sempre algo que me trás à necessidade de levantar do ninho bem cedo. Ontem fui ver os monólogos da vagina, adorei a garra daquelas três mulheres, todas diferentes no estilo mas tão belas no estar, representam que arrepia. Ontem já sabia que hoje poderia dormir até mais tarde e que nada, nem ninguém desassossegaria o meu sono matinal.
Acordei eu, num pensamento que ainda agora me assombra. Então, mas que tem a vagina a ver com isto? Quase nada! Tem sim a ver a energia daquelas três actrizes enquanto criam aquilo que amam fazer, representar, personificar exprimindo padrões de pessoas, sim pessoas. E a pessoa em questão que me acordou do sono matutino em modelo de pesadelo, foi a de costume, aquela que gosta de perceber tudo e falar de tudo para não viver na sua imaginada angustia de dúvidas, aquela que egoistamente tem medo de perder, medo de ficar sozinha, abandonada, descuidada, sim isso, distanciada na ausência de cuidados personificados, medo de perder alguém que seja atento(a) a ela, que tome conta dela, aquela que quer isso tudo só para si, vivendo na arrogância do venha a mim que sou eu a pessoa, aquela que o egocentrismo é de tal forma monstro que em consciência afirma, “pois é verdade, ando assim que queres!”, anda assim, o que quero? Anda assim, ou foi sempre assim? Aquela que não deixa ficar nem um fio de cabelo em casa de ninguém, quanto mais um cartão multibanco nas mãos de uma alguém! Sim, uma alguém é o que me sinto. Agora nem o cartão dos dinheiros tem valor, e pode ficar para aí, que provavelmente nem precisa dele, há quem gaste com ela… ou… ah já sei! Desconectou! Não, também não é isso, o egoísmo deixa-a sempre com pendentes para eventuais amparos numa qualquer falha de conexão. Para quando alguém falhar nalguma atenção para com ela, quando faltar um pequeno carinho, uma demonstração de lealdade, de afecto, basicamente quando alguém se descuidar por um segundo da figura que é ela!
E assim se vai alimentando a migalhas os pombos, esses ratos com asas, por isso um monólogo tem tudo a ver, porque não sou pomba da paz nem rata de cama e estou farta de me preocupar com quem é ditador dos sentidos, com quem dita a seu belo prazer as suas imediatas necessidades. Quanto a mim, aprendo, faço este pequeno exercício de desmembração para dominar o meu dormir numa manhã qualquer, até à hora que o meu ânimo deixar.

Bálsamo eu

Antes mal acompanhada,
Quem são as más companhias? Também não sei generalizar, existe um provérbio chinês que diz: “As más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro”. Então sempre podemos conviver com elas, certo? Ainda que o fedor seja intolerável quando são mesmo muito más! E o mau para uns pode ser a beleza para outros… No entanto ando a aprender a viver longe dos maus odores, aliás nunca fui fã de cheiros fortes, tanto os toleráveis como os desagradáveis. Lembro-me de desmaiar em miúda num autocarro ao passar por baixo de um sovaco bem pestilento, tentava a saída furando entre as pessoas que se colavam umas às outras como sardinhas em lata. Igualmente murchei com um xi-coração bem apertado de uma madame que frequentava semanalmente o salão da mãe, era uma cheiro a perfume Paris, creio já passado de data!
Odores aqui, odores ali, o que provoca a dor são mesmo as más companhias. As más, que outrora achávamos boas, logo certamente não pestíferas! que só! Quando só, apercebo-me da diferença! A distância o sossego e a paz ajuda a não confundir aromas e cair em bálsamos. Bálsamos… Alguém diz que escrever é um bálsamo, outros que ler palavras perfumadas é o alívio é o conforto alguma vez perdido, os mais pessimistas, um bálsamo que não consola senão pela ideia de que é um bálsamo!
Bálsamos são substâncias aromáticas transpiradas por muitas plantas, espontaneamente ou por ferimento, e esta explicação agrada-me, os aromas da terra expelem conforto, balsa os sentidos. Bálsamo emana coisa boa, óleos; leites; cremes; perfumes.
Existem muitos tipos de bálsamos curativos para várias dores, dores físicas ou dores emocionais, hidratantes nocturnos que combatem a solidão, emulsões diurnas que digladiam as tristezas crónicas. Eu? Eu prefiro os bálsamos da calma, da tranquilidade, da paz, da fraternidade, os bálsamos da maternidade, os bálsamos do amor, aos cheiros concretos mas tão incógnitos. Eu? Eu quero que me massajes com o teu frasquinho de óleo bálsamo…

quarta-feira, 22 de julho de 2009

No fim do Arco-irís

No dia em que pensei como era genuína a felicidade no sentir, fiz das memórias uma solitária prisão e lá cresceu a incapacidade de transpor a barreira do medo, para ir ao encontro dos ressentimentos de outrora, um amor quase perfeito. Ir ao teu encontro.
A verdade, um valor magno mas agravado num sumptuoso melaço que cola à mentira num curtíssimo espaço, o amor, quando é de tamanha intensidade torna-se doentio e rapidamente se gruda ao perigoso ódio. “Quantas vezes te menti para ser fiel à verdade do meu amor por ti. Ou do teu amor por mim, o que vai dar ao mesmo.” Inês Pedrosa
Não foi por deixar esgotar a minha paciência que te abandonei, não, não foi. Foi por acreditar na infinita insatisfação minha, a que todos os dias habita em mim. Não importa o que amamos, importa acreditar nesse amor e eu ainda hoje não lhe conheço as artimanhas mas sim algumas manhas, o que é bem diferente!
As palavras são fragmentos de histórias verdadeiras, outras falsas, tudo serve para ilustrar a obsessão da verdade ou mentira do que chamamos provada paixão. Tenho saudades de ti.

Tenho saudades de ti, mas não me mexo, como me ensinaste, foi de tal forma rigorosa aprendizagem que esculpi em homenagem um lema a seguir, não julgues que foi bom ensinamento, antes pelo contrário, foi sim um cerco, uma bela torre rodeada por um fosso onde moram agora só crocodilos famintos. Hoje passaram quatro anos, lembro-me dos teus receios, dos crus desafios, das tuas imaginárias ambições, dos ansiosos desejos, dos teus projectos de vida feliz, de tudo o que é teu, de tudo o que foste e quem sabe ainda o és.
Eu? Eu continuo aqui, sitiada em maneira de estar, aguardando pelo vento que levará as nuvens cheias de pensamentos teus, princesa crédula de que um dia uma simples brisa leve as sacuda do meu olhar e abra o sol que sou. O sorriso com que tu me conheces, nunca o perdi. E a ti, espero-te sisudo, fechado na introspecção do que são os outros, porque só assim és verdadeiramente tu, o Rei dos silêncios.
Que o sol e a chuva se cruzem num nocturno céu leitoso e amanheça um arco-íris de afectos.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Quase sempre!

Rousseauh
Hoje (como quase sempre!), estou feliz... não estou num tal "spot", mas sinto-me como em tal lugar aprazível! A vida não me renega nada pelo qual passivamente espero!
Hoje (como quase sempre!), sorrio, um sorriso forte e sincero que me apazigua a alma e descansa o coração!
Hoje (como quase sempre!), agradeço o dia anterior, que já passou e absorvi como uma esponja natural bebendo todas as gotas ofertadas.
Hoje, (como quase sempre!), vivo o dia no mesmo registo de bênção!
Hoje (como quase sempre!), quero mais, quero tudo!
Hoje Como Quase Sempre…
Adaptação de um texto meu

domingo, 19 de julho de 2009

O Disparate a Asneira e o Ridículo!

Certeira sou, empreendo com ou sem consciência, promessas ingénuas e estúpidas à minha inteligência emocional.
Meto dó quando recrio asneiras que acabam primordialmente em tremendos disparates! Gosto de acreditar que viver o segundo “é que está a dar” é que vale a pena, mas acabo por apresentar a virtude de não potenciar tal capacidade. Constantemente projecto momentos utópicos querendo-os como inesquecíveis, para poder recordá-los num futuro longínquo, disparate! Sendo crente dos segundos dos minutos da vida para quê manufacturá-los? Asneira da grossa, pior quando afinco-me e levo-os até ao fim, disparate! Que bonita eu, a conscienciar… ridículo!
O momento o segundo, este agora em que estou deitada no meu pareo de praia e em frente observo dois rabos enfiados em biquínis perfeitos, infelizmente os rabos nem por isso o são, ainda mais quando uma delas tem um rabo-de-cavalo enfeitado com um molho de flores de plástico, um pavor… do lado direito um casal de pele rosada e exageradamente magros quase a roçar à anorexia, da vertente esquerda acabou de chegar uma família, certamente completa, entre mães, pais, filhos, tios e madrinhas e já sentados em cadeiras manobráveis o casal progenitor da prole que ofega da caminhada pela areia escaldante. Mas lá ao fundo nas margens das dunas, está uma vela junto a um casal frick, giro ele, moreno de cabelo à militar e uns óculos estilo “Top Gun”, recordo-me dos meus anos 90, quando aí sim os meus segundos os meus minutos de fantasia não tinham espaço num relógio de tamanhas realidades!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Hora Coca-cola 2

“A realidade (que nem sempre é REAL a nosso gosto) não se procura. Encontra-se. Ou não! No entanto, a coisa compõe-se se tiveres presente que na vida, «um dia é da caça, outro é do caçador». Posto isto, senta-te! Espera! Não. Enganei-me.
Senta-te e põe um ar de falsidade boa.”
Rui Moutinho
à minha frente, mais uma “hora Coca-Cola”, só para mim! (bem, não só para mim…)
E foi assim…
preservando a mesma temática, carro/avarias/oficina/mecânicos e reboques. (nada de vómitos por favor, desta vez a história é bem mais interessante.)
Este ano já conto com três assistências em viagem, portanto três “rebocadelas”, fantástico! O primeiro reboque veio porque o raio da chave não entrava na ignição, outrora sucedera o mesmo mas por sorte estava perto de uma oficina e um simples spray resolvera o problema, mas da segunda vez nem um spray emprestado por uma senhora que estava à janela me safou. E lá veio o senhor do reboque com ar patenteado, na pergunta de sempre “O que se passa?”, passa-se que a chave não entra! “Vamos ver isso, dê cá a chave! E voilá, já está, é só um pequeno jeito, ligeira pressão e rodar bem a chave!”, ah tá bem… Ainda lançou mais umas postas de pescada dizendo que é normal acontecer estas coisas, mas que eu deveria pensar numa troca de ignição.
E lá veio o segundo reboque “ O que se passa?”, passa-se que o motor faz barulho de tractor! “Vamos ver isso, dê à chave! Uhmmmm pare já vi que é grave!” ah tá bem… Lá opinou de como era chato acontecer estas coisas, um verdadeiro transtorno e tal e que ele que percebia alguma coisinha de mecânica via que a coisa era feia…
Eis que vem o terceiro rebocador…
A minha cara e a do meu amigo, era de perfeito desconsolo, encostados a um muro onde existia a única sombra do meio-dia, um calor abafador, ambos lixados porque perdíamos uma ida espectacular à praia, um dia de lazer perdido! Enquanto esperávamos pelo reboque, engolíamos com desanimo o manjar trazido para o repasto à beira-mar.
- Fogo, o teu carro só nos lixa! (amigo)
- Pois, que queres que faça, eu já estou habituada e já te disse que alguém me lançou um mau-olhado, a mim ou ao carro. Sei que me posso enfiar numa banheira morna com um punhado de sal, mas não posso fazer o mesmo ao carro! (eu)
Chega o terceiro rebocador… céus, que reboque mais arcaico, parecia saído de um ferro velho, fazia barulho por todos os lados, vertia água ou óleo por todas as fissuras. Encostados estávamos, encostados ficámos, mas ao ver sair do reboque o Divo dos Reboques estarrecemos, o homem era fenomenal, um vero Deus Grego… “O que se passa?”, bem, para ti nem há resposta, passa-se o que tu quiseres e o que achares melhor que se passe! Ambos acostados ao muro sem palavras nem reacção, envolvidos nos mesmos pensamentos tórridos, trocamos um olhar cúmplice, perplexos com tamanha beleza avançamos ao mesmo tempo em justificações de prováveis problemas mecânicos…
Cara de miúdo, olhos azulados e bem expressivos, sorriso luminosamente inocente e sincero, cabelos negros e rebeldes, corpo de Golias e pele bastante morena. Ai as hormonas chamaram por mim e chamaram pelo meu amigo que estava já desconcentrado da realidade;
- Ele tem o pé pequeno! (amigo)
- Olha, e eu digo-te que tem uma neblina na tola! (eu)
Esse homem que vos falo, após elevar o meu carro e a nossa mural, numa voz de gaiato de rua, arrastava no discurso um problema de dicção nos “rs”, em menos de meia hora contou a vidinha toda, ria tolamente e em jeito de tique afastava o boné de pála virada, para coçar constantemente a cabeça… e assim se perde um homem bonito, é certo que é genuíno, foi a nossa hora Coca-Cola vestida a rigor, num macacão cagado de rebocador, ficava-lhe bem as alças sobre os ombros musculados, e a t´shirt de dentro que fora rasgada em jeito de cavas, aprendera a curta-las assim, quem sabe na Bósnia, onde tivera, após seis anos de serviço militar. Queria ingressar na PSP ou GNR mas não conseguiu, segundo ele porque naquele ano abriram as portas aos civis e entraram muitos e o pessoal da “guerra” ficara para trás, não por falta de estudos porque apesar de ter o 6º ano mal terminado, só acabou o 2ºciclo porque “disse às prof´s que não ia estudar mais!” , ia agora fazer um curso aproveitando as novas oportunidades. Mas gostava do trabalho de rebocador, em tempos tinha sido segurança numa discoteca da noite, mas para quem tem namorada não era uma boa profissão e “uma pessoa tem de trabalhar para casar e ter uma casinha, não é?” ...lá parámos na oficina. Por vezes dou-me a pensar como gostava de ter bichanado, assim baixinho ao ouvido - deixe o reboque para um outro dia, tantas coisas por elevar, depois de aprender a usar.

sábado, 11 de julho de 2009

Tudo pode ter um final FELIZ ou...

UMA GARGALHADA APETITOSA!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

SEREI CÉU!!!

gostAR mais hoje que ontem e menos que AMAnhã

"Ser como o céu… amplo e aberto! Os meus pensamentos e sentimentos serão as nuvens que atravessam o céu… se conseguir entender que eu sou o céu e não as nuvens, então estarei sempre na mais completa paz."
PALAVRAS SOLTAS

terça-feira, 7 de julho de 2009




ZIGUEZAGUES!
Como eu ando em grande!!! Tudo é lindo… e uma tristeza nunca vem desacompanhada e para não me levar à “deprê”, escrevo-TE!

Desde o final de ano que ando com um espelho partido às costas, um escadote sobre a cabeça e um rabo-de-gato preto enrolado aos tornozelos!

Não só as minhas viagens de fim-de-semana têm sido difíceis. Foi difícil o facto de já não te ter comigo, de surgirem opções e teres optado, foi difícil adaptar-me ao sozinho, foi DIFÍCIL!

Difícil é abrir as cartas de contas para pagar, sejam correntes ou extras! E difícil é ter sobre a mão o futuro de alguém por criar!

Não só foi difícil ver o motor do meu carro morrer, mas perceber o estilhaçar do meu coração com este meio ano DIFÍCIL!
Difícil é saber como consigo sorrir, com tanto peso e responsabilidade que nunca pensei vir a ter, eu, uma miúda despreocupada, felizarda.

Difícil é ter perdido há quatro anos o braço forte onde me apoiava, quando me levaram o homem que me ensinou a fazer puzzles e a cantar ao som da sua viola, o homem que há bem pouco tempo eu lhe dava pelos joelhos e olhava-o com a cabeça bem erguida lá para o alto do seu olhar para ver os seus olhos, a sua boca, a sua testa longa e sabe-lo soberano e acha-lo eterno.
Pelas cobras e lagartos que me envolvem o corpo e me prendem os movimentos mais simples da vida eu choro, um choro difícil ao ver-me sem sentido, cair na tristeza do vazio ignorante da mecânica do saber viver. Estou inquieta e sem saber o que fazer, farta que me digam e que falem da minha frieza, da minha distância, da minha ausência, da minha imparcialidade sobre os problemas dos outros. De tolo e loucos todos temos um pouco! O meu quinhão está-me dado … e eu estou DIFÍCIL!

ZIGUEZAGUEANDO?
Como eu ando em grande!!! Tudo é lindo… e para não me levar à “deprê”, tenho de escrever.
O motor apunhalou-me pela frente, bem no meio do meu estômago, disse-me adeus e até uma próxima! Recebi o telefonema da oficina, a informar-me do seu estado, ele está mal, está em coma agarrado à máquina, está de coração aberto, à espera da minha resposta …ou pago ou não pago pela sua sobrevivência. Pelas cobras e lagartos que me envolvem choro de raiva, vejo-me agora sem destino, caio na tristeza do meu total desconhecimento das ciências da mecânica, estou alterada e sem saber o que fazer, ele só tem dez anos… e eu estou nas lonas!

ZIGUEZAGUEAR

Como eu ando em grande!!! Tudo é lindo… para não me levar à “deprê”!
Sexta-feira passada fiz-me à estrada, cinco da tarde e um calor de morrer na A1, deparei-me num pára arranca infernal, sistemáticos acidentes e claro o primeiro dia de férias de muitos, no mínimo uma hora me levou a cessar tal desespero, assim que vi caminho livre, pus pé no acelerador para o vento secar as minhas costinhas que se colavam ao banco. Que maravilha, consegui acreditar que as quatro horas que me esperavam de viagem iam finalmente acontecer suaves, calmas e encantadoras. Nem dez minutos durou tamanha confiança, o motor traiu-me, disse-me adeus e até uma próxima! (com tantos postes à volta do tema “meu veiculo”, já me caia era um novo em cima!) - A lembrar que nem há dois meses o carro foi para a oficina reparar o motor, se bem se lembram – pois bem, pelas cobras e lagartos que me envolvem fui dar ao destino, não na hora prevista mas com mais de 5 horas de atraso! Cheguei e caí do cansaço, não dormi muito com tal camada de nervos que levava, mas como uma grande heroína deleitei-me numa cama gigante, nunca tinha dormido numa cama de reis e rainhas com vista para o mais lindo castelo, só isso valeu tudo! Amo-te Penedono.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O Anónimo e o Pseudónimo




A insólita história de dois amigos…

…no diálogo do anonimato…
- Então conta-me lá Anónimo, porque razão não assinas? …não te identificas?
- Não quero revelar o meu nome! E tu Pseudónimo, porque te escondes por detrás de um nome?
- Bem, as minhas razões podem ser diversas: insegurança de principiante que não quer ver a sua obra julgada pela crítica, insegurança pelo arrojo da obra criada ou um simples capricho artístico! Agora tu Anónimo… és quase sempre, um ser atormentado! …digo eu!
- Estás armado aos cágados Pseudónimo? …Bem te posso chamar de frustrado, estás sempre prevenido, escondido pela insegurança de uma negação! …ou não!
- Se eu vir bem a coisa, tu Anónimo é que vais acabar preterido e esquecido! Apesar de viajares por essa internet fora, um belo terreno fértil para ti, para as tuas insinuações e difamações, vives na intensa expectativa de causar perturbações que podem ser boas e excitantes ou odiosas! Nunca chegarás a meus pés!
- Gajos como tu são uma pura perda de tempo para um Senhor como eu, és sim uma enorme satisfação para quem se julga tal como tu um grande intelectual! Eu sou o alvo da inveja de muitos, …ai Pseudónimo queres é acrescentar uns pontos à tua auto-estima!
- Senhores como tu? Desculpa Anónimo, nem direito tens a ser um Senhor! Porque tu não és nada, como te disse és esquecimento, e quando consegues ser inconveniente, nada difícil para ti, um simples delite acaba contigo!!!
- É certo, mas eu tenho a vantagem de saber que vou causar sempre sensação, boa ou má, nem que seja por um micro-segundo, pois sou eu! O Anónimo da Silva!
- É certo, mas eu não sou uma mudança total ou uma ausência de nome! Sob o aspecto jurídico sou tutelado pela lei, quando tenha adquirido a mesma importância no nome oficial, nas mesmas modalidades que defendem o direito ao nome. Historicamente, muitos autores e escritores usaram pseudónimos porque sempre criticaram lideranças políticas em tempos difíceis, como ditaduras militares. Era uma forma de publicar as obras sem ser preso, torturado ou até morto!
- Olha, no fundo e apesar dos teus desapontamentos, gosto de ti, e ficas a saber que o meu Pseudónimo é “Anónimo”!
- Sim, compreendo-te, porque é no anonimato que criei o Pseudónimo!

VAMOS VOTAR NOS GAJOS!


ELES SÃO OS MÁIIORES CARÁGOOOO!!!!

Clica aqui todos os dias antes do xixi cama, vota na "Catraia"!:

OS TORNADOS
___É TOP___

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Banksy: Pseudo-Anonymous Artist


Banksy
Banksy é o anônimo mais famoso que existe. Seu nome solicitado ao Google gera mais de um milhão de páginas. Bansky ficou anonimamente famoso com a sua streetart, com os seus graffiti inicialmente pintados em Bristol na Inglaterra, mas depois em várias outras cidades do mundo. Os locais por ele escolhido são os mais diversificados. Tanto pode ser um muro num local abandonado, como uma parede de uma loja numa rua bem movimentada de uma cidade; pode ser Berlin, ou num monumento russo, ou ainda na Faixa de Gaza. Além dos seus graffiti, museus famosos como o Louvre, Tate Modern, New Yorker Museum of Modern Art, Metropolitan Museum of Art, o Brooklyn Museum, entre outros foram palcos nos quais Banksy expôs, sem autorização, as suas pinturas iconoclásticas. Banksy também escreveu livros, anonimamente, nos quais ele apresenta com comentários fotos dos seus graffiti e de suas próprias pinturas: Banging your head against a brick wall, Existencilism, Cut it out e Wall and Piece, este último um resumo dos outros três. Banksy deve estar anonimamente muito rico. Contam-se às dezenas as celebridades que têm comprado as suas obras.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Suspiros doces – cap.3


Quando os suspiros saem caro...

-Esperava pelo dia em que tu me dissesses porque acabamos… Já vi que não vou ter sorte!
-Pois é, nem eu sei… Na altura não percebi o porquê do teu afastamento… mas adoro saber que continuas a ser uma miúda muito especial para mim e as coisas foram o que foram... não têm que ter explicações, nem nessa ou nesta altura. Mas…será que tínhamos sorte desta vez?
-Bom…! É para puxar a lágrima?
-Não precisas! Deste lado está um gajo com um sorriso de orelha a orelha… estas coisas boas da vida, já não se devem pôr em causa. Aconteceram como aconteceram... fomos felizes... somos felizes neste momento... sorri, pois ficas linda nesse sorriso!
-Pela nossa amizade negarei tudo o que te estou a dizer!
-Vou dizer-te uma coisa, negarei igualmente e em qualquer situação... mas adoro em ti essa tua loucura, essa irreverência e imprevisibilidade…
-Tem juízo!
-…a chama ardente…
-Sabes, eu só quero construir o meu castelo de areia, que teima em cair nas primeiras gotas de água… mas para isso tenho de encontra o pleno.
-Também eu! Estou sempre em busca da felicidade plena!
-Eu sim, sei que sou assim, que ando numa constante busca, mas não sabia que tu eras?
-Eu também sou... infelizmente ou felizmente… ando sempre a querer aproveitar tudo, nunca tenho sossego interior, ando sempre à procura de algo que não sei se alguma vez a encontrarei.
-Sinto, tal como tu…
-Boa! já podemo-nos apoiar um ao outro, alguém que nos compreenda!
-Mas essa é a verdadeira verdade do meu desassossego, não nos compreendem!
-Penso que já descobri...
-Foi?
-Sim, só por causa desta conversa, achei a nossa resposta!
-Conta!
-Acabámos porque ambos andávamos à procura de um rumo, nem um, nem outro, conseguiu indicar o caminho.
-Então, nessa altura já éramos iguais, só não sabíamos as incertezas de hoje!
Bolas, em 10 anos nada mudou!!!