domingo, 23 de maio de 2010

A nu

E é tão fácil enfiar o corpo em lençóis de outros, confiamos numa vaga esperança de preencher em nós o espaço vazio, o solitário sentimento perdido no nosso ser... deleito-me em ti, em ti amigo colorido, e em ti desejo tornar-me o desejo de alguém, fingindo definir quem nos ama não amando, nos dá carinho compensando, nos mima verbalizando.

E ontem acharam-me bonita e hoje bela e isso só não me chega. As verdades são longas, inteligentes, certeiras, as mentiras curtas, amargas e tão bem dolorosas...

Foto "nua na rua" - Pedro de Sá