segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

mãos de polvo com braços de árvore

Tem de ser, escrevo, desculpem se sair uma séria de palavras atabalhoadas, este blogue serve-se a todos ou tantos fins.
Naquele dia, que já não é o de hoje, foi naquele, foi assim com uma vontade de apagar tudo, começar de um novo começo, assim à brava, assim...
Novo começo, mas que começo? Como ontem que estava a ouvir repetidamente a música, que não será a que publicarei com este post, mas a que me acompanhou até certo ponto estas linhas, certas e apagadas mais de umas tantas vezes até lhes encontrar sentido, Beautiful de Portishead, é essa mesmo. Mas naquele dia, parecia cair em terra dura os sentidos cegados, como um aperto num peito frágil que roça contra todas as teclas das costelas. Não sei como descrever esse sentimento, em nada dantesco, essa opressão fácil em apelidar de medo aquando não percebemos um choro compulsivo que derrama uma única lágrimas de se ver, essa sensibilidade obscura que abre fissuras em céus anis ao entardecer de mais um dia.
Nada há a desmistificar, é o que é, é o que foi e continuará certamente a o ser. Diz mais um dos meus conjugues, agora, nesta hora de almoço. Mas agora mesmo, agora que estou no meu terceiro café, numa esplanada sossegada da minha zona, da minha zona... sorrio, tão minha esplanada que nunca tomo café aqui, sempre a conheci, enfeitada de vasos pequenos içados em pequenos postes que demarcam a plataforma de ocupação das suas duas mesas, as que completam esta grandiosa esplanada de bairro. E sim, faz amanhã uma semana que ando às voltas com este texto. Amanhã é terça-feira, facto é, o de estar neste enguiço escrito, o julgado atabalhoado, o que é refeito mais de um plural de vezes e que faz a sua natural mutação, afinal, talvez um sentir sentido sem escrito sentido. É o que é, é o que foi e continuará certamente a o ser...