segunda-feira, 19 de setembro de 2011

GALOPE

Cavalos a galope levaram-te daqui, cavalos carregados de mim, correndo soltos arreando adornos enfeitiçados. Teu delírio desejo de alcançares o longe e o seguro, porém ias morno de mim. Enlaçavas-me como a um cavalo selvagem, tão perto de ti.
Cavalos galopando te levaram, sacudindo o pó a terra, arrastando o teu corpo, esbarrado por pensamentos de dúvida entre desejo ou comando. E eu, sonho que te vejo, e tu és apenas um homem numa rua sem fim, tu sabes quem eu sou, nós sabemos. Vivemos o dilema de escolher se por um anseio ou um comando.
E na virada da maré, é assolador, perceber que o sonho que tu e eu podemos ter agitaria toda a terra.

sábado, 17 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

desnudada sombra

A sombra não esconde, reflecte a doce harmonia num espelho esclarecido, límpido da crueldade humana, reflecte o simples, reflecte o sonho, o ideal puro e mágico das coisas serenas do imaginário. E assim vamos dançar, emaranhar as sombras desnudas dos nossos corpos teimosos e chatos. A sombra é que vale, vamos nus brincar, vamos nus voar pelas fachadas dos prédios e subir, subir, desenhar sombra nas nuvens brancas lá do alto, e nas cinzentas atiremos baldes de tinta branca, esboçaremos o desenho de tão nossas sombras esfaimadas de querer.

...passa o tempo, passa, passa e passa o tempo.