quinta-feira, 23 de julho de 2009

Bálsamo eu

Antes mal acompanhada,
Quem são as más companhias? Também não sei generalizar, existe um provérbio chinês que diz: “As más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro”. Então sempre podemos conviver com elas, certo? Ainda que o fedor seja intolerável quando são mesmo muito más! E o mau para uns pode ser a beleza para outros… No entanto ando a aprender a viver longe dos maus odores, aliás nunca fui fã de cheiros fortes, tanto os toleráveis como os desagradáveis. Lembro-me de desmaiar em miúda num autocarro ao passar por baixo de um sovaco bem pestilento, tentava a saída furando entre as pessoas que se colavam umas às outras como sardinhas em lata. Igualmente murchei com um xi-coração bem apertado de uma madame que frequentava semanalmente o salão da mãe, era uma cheiro a perfume Paris, creio já passado de data!
Odores aqui, odores ali, o que provoca a dor são mesmo as más companhias. As más, que outrora achávamos boas, logo certamente não pestíferas! que só! Quando só, apercebo-me da diferença! A distância o sossego e a paz ajuda a não confundir aromas e cair em bálsamos. Bálsamos… Alguém diz que escrever é um bálsamo, outros que ler palavras perfumadas é o alívio é o conforto alguma vez perdido, os mais pessimistas, um bálsamo que não consola senão pela ideia de que é um bálsamo!
Bálsamos são substâncias aromáticas transpiradas por muitas plantas, espontaneamente ou por ferimento, e esta explicação agrada-me, os aromas da terra expelem conforto, balsa os sentidos. Bálsamo emana coisa boa, óleos; leites; cremes; perfumes.
Existem muitos tipos de bálsamos curativos para várias dores, dores físicas ou dores emocionais, hidratantes nocturnos que combatem a solidão, emulsões diurnas que digladiam as tristezas crónicas. Eu? Eu prefiro os bálsamos da calma, da tranquilidade, da paz, da fraternidade, os bálsamos da maternidade, os bálsamos do amor, aos cheiros concretos mas tão incógnitos. Eu? Eu quero que me massajes com o teu frasquinho de óleo bálsamo…

4 comentários:

Delf disse...

Nem só de tela e de pedra se faz arte. Também de perfume. Há verdadeiras obras de arte para o olfato. Obras que celebram a vida e nos ajudam a perceber o sentido da amizade...tu és uma delas!

"Picos" disse...

Querida Delf, ao ler as tuas palavras entrou no momento pela janela onde estou um bálsamo quente a flores do campo frescas. Fechei os olhos, que bom sentir...
Para sempre bons aromas nossos.
Leve xi-coração.

RUI FERNANDES disse...

Piquinhos, gostei do arranque deste post, da associaçao dos odores às companhias... Mas ziguezagueaste de novo e queria que seguisses mais a direito, ou melhor dizendo, mais a fundo. Ou entao, lembrei-me agora, já experimentaste deixar o post como mote, menos acabadinho, a ver que seguimento dao os teus leitores? (E desculpa lá a falta de til em algumas palavras: o teclado é espanhol e o único til previsto é o ñññññññ...nhac). Besos, AMO-TE.

"Picos" disse...

Tens razão meu GauGau,
Olha ando a aprender, SEMPRE!
E MUITO CONTIGO...
LOVE YOU 2