
Apostamos nisto ou naquilo, numa crença positiva, mas levamos como certo, sabemos até, que o mais provável é não acontecer, mas mesmo assim agarramos-mos a uma fé desumana e ingrata.

Hoje julguei-me importante, mais que nos outros dias, porque estou cá, porque sou uma lutadora, porque sou uma dama e acredito em milagres de afecto. Tu que estiveste outrora comigo, que me juraste amor eterno não me telefonaste, como desde da nossa separação o deixaste de fazer. E tu aí que não tens ninguém por grande amizade, esqueceste, esqueceste-te de mim. E tu, sim tu, que me beijaste nem apareceste…
O que a vida nos saca com uma mão dá-nos com outra, aquece-nos o corpo, acarinha-nos o intimo. Os amigos, esses amigos doces estiveram lá, estiveram comigo. Um casal perfeito e uma mulher desfeita, uma super-mulher que hoje estava super-cinderela, hoje desvanecidamente desamada. Mas estava lá. O casal perfeito que eu amo de coração, estava lá! E as princesinhas estavam lá também e cantávamos o ali-bábá das Doce, ali naquele lugar… só não estava a minha prinssuza, pois o pai também tem direito…
Mas tivemos uma sala privada de jantar, um japonês, comemos sushi e bebeu-se saquê e sacaram-nos dos bolsos mais que um valente susto, pagámos e não bufamos, deixamos de cantar o ali-bábá para querer dizer abre-te sésamo e vislumbrar o ouro que nos estavam a assaltar naquela conta de jantar... Mas estavam lá, ali naquele lugar, estavam comigo, porque hoje sou uma mãe, porque hoje esperei, …esperei pelos parabéns de ser mãe!
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