O post anterior é uma chamada de atenção para os vários sinas, para as oportunidades e chamamentos da nossa vida. Infelizmente nem sempre os indícios são positivos, charmosos ou românticos. E claro, hoje estive atenta aos tais toques e sinais da vida, mas fui sorteada com o the dark side da coisa, assim, venho aqui derramar o saco das palavras que ficaram e ficarão sempre por dizer, até sentir-me mais calminha, mais animada!
Depois de uma mensagem deixada no meu telefone e só lida umas três horas depois, fiquei nervosa, lia-se; “quando puderes liga-me”. No fundo sabia que só estaria livre para o fazer, talvez por essas 20 horas de um mês qualquer no ano de 2011 ou 2012, mas antecipei a agenda e liguei de seguida. Não atendeu, a ansiedade cresceu e igualmente o nervosismo, telefone no bolso e cabeça a fervilhar. Misturou-se miolos com imagens, com perguntas, com dúvidas, incertezas, alegrias e tristezas. Tremi, o telefone vibrava no meu bolso, enchi a boca com o resto da sandes do almoço e atendi o telefone, mal podia falar tal era a bola de comida e o nervosismo que me envolvia, ouvi, pouco ou nada falei, quando o fiz foi para repetir palavras que já tinha dito, um disparate! Do outro lado uma voz que queria mostrar-se firme e convicta, mas o nervosismo é lixado e atraiçoa-nos mesmo antes de virar a esquina - a personagem é um autêntico camaleão vocal, faria maravilhas no teatro com esta sua versatilidade oral - como conheço e sei desta faceta, percebi logo que do nervosismo também não se livrara, logo senti-me mais acolhida em mim e forte para terminar rapidamente o diálogo que estava a tornar-se patético. Desliguei, mas como sou a alminha do costume, chorei por dentro, dedilhei uma mensagem em que lhe pedia desculpa pelas minhas fraquezas, continuo felizmente com muito que aprender. Levei com uma resposta hipócrita, aproveitou-se de uma vantagem imediata. Fiquei triste com este rude SINAL, ainda repostei mas já só por me sentir ferida. Calei, não direi as palavras todas que ficarão sempre por dizer, e este é o meu jeito, o meu estilo, o meu silêncio cabrão de quem julga reinar sozinha.
Chegou o final do dia, enfiei-me no carro para fazer a viagem de regresso a casa, onde no meu mundo me sinto magnânime, e é tão bom conduzir quando estou assim fragilizada porque todas as musicas da rádio tocam para mim. Abri as quatro janelas do carro, a brisa viva abraçou-me a pele, o cheiro quente a marginal cheia acolheu-me o corpo, o mar azuladamente brilhante convidou-me a lavar a alma e a apaziguar a consciência, as pessoas no areal desenhavam imagens de sonho para mim, o vento airoso fazia esvoaçar os meus cabelos e os milhentos penduricalhos pendurados pelo carro, e a Cigarra Frita que estava no espelho retrovisor abriu asas e voou, ela voou, a Cigarra que me destes num dia feliz, tentei socorre-la, estiquei o braço, consegui ainda tocar-lhe na ponta de uma asa, e ela lançou-se num looping e aterrou-me no colo, aí sim, chorei de gloria, percebi o SINAL, acolhia nas pernas e coloquei-lhe a mão por cima e fui assim até a casa.
Está agora aqui a olhar para mim, agarrado à cabeça tem o fio quebrado eriçado em jeito de antena torta, está a olha para mim frontalmente, sabe do seu destino, sabe que foi o seu primeiro e último looping , sabe que vai aterrar numa caixinha de cartão e viver arrumada numa prateleira, mas não sabe que, quem sabe um dia alguém lhe abrirá a tampa, aí sim voará para um outro mundo, um mundo só seu, onde o que foi será e o que será já foi num destino SINAL.
Depois de uma mensagem deixada no meu telefone e só lida umas três horas depois, fiquei nervosa, lia-se; “quando puderes liga-me”. No fundo sabia que só estaria livre para o fazer, talvez por essas 20 horas de um mês qualquer no ano de 2011 ou 2012, mas antecipei a agenda e liguei de seguida. Não atendeu, a ansiedade cresceu e igualmente o nervosismo, telefone no bolso e cabeça a fervilhar. Misturou-se miolos com imagens, com perguntas, com dúvidas, incertezas, alegrias e tristezas. Tremi, o telefone vibrava no meu bolso, enchi a boca com o resto da sandes do almoço e atendi o telefone, mal podia falar tal era a bola de comida e o nervosismo que me envolvia, ouvi, pouco ou nada falei, quando o fiz foi para repetir palavras que já tinha dito, um disparate! Do outro lado uma voz que queria mostrar-se firme e convicta, mas o nervosismo é lixado e atraiçoa-nos mesmo antes de virar a esquina - a personagem é um autêntico camaleão vocal, faria maravilhas no teatro com esta sua versatilidade oral - como conheço e sei desta faceta, percebi logo que do nervosismo também não se livrara, logo senti-me mais acolhida em mim e forte para terminar rapidamente o diálogo que estava a tornar-se patético. Desliguei, mas como sou a alminha do costume, chorei por dentro, dedilhei uma mensagem em que lhe pedia desculpa pelas minhas fraquezas, continuo felizmente com muito que aprender. Levei com uma resposta hipócrita, aproveitou-se de uma vantagem imediata. Fiquei triste com este rude SINAL, ainda repostei mas já só por me sentir ferida. Calei, não direi as palavras todas que ficarão sempre por dizer, e este é o meu jeito, o meu estilo, o meu silêncio cabrão de quem julga reinar sozinha.
Chegou o final do dia, enfiei-me no carro para fazer a viagem de regresso a casa, onde no meu mundo me sinto magnânime, e é tão bom conduzir quando estou assim fragilizada porque todas as musicas da rádio tocam para mim. Abri as quatro janelas do carro, a brisa viva abraçou-me a pele, o cheiro quente a marginal cheia acolheu-me o corpo, o mar azuladamente brilhante convidou-me a lavar a alma e a apaziguar a consciência, as pessoas no areal desenhavam imagens de sonho para mim, o vento airoso fazia esvoaçar os meus cabelos e os milhentos penduricalhos pendurados pelo carro, e a Cigarra Frita que estava no espelho retrovisor abriu asas e voou, ela voou, a Cigarra que me destes num dia feliz, tentei socorre-la, estiquei o braço, consegui ainda tocar-lhe na ponta de uma asa, e ela lançou-se num looping e aterrou-me no colo, aí sim, chorei de gloria, percebi o SINAL, acolhia nas pernas e coloquei-lhe a mão por cima e fui assim até a casa.
Está agora aqui a olhar para mim, agarrado à cabeça tem o fio quebrado eriçado em jeito de antena torta, está a olha para mim frontalmente, sabe do seu destino, sabe que foi o seu primeiro e último looping , sabe que vai aterrar numa caixinha de cartão e viver arrumada numa prateleira, mas não sabe que, quem sabe um dia alguém lhe abrirá a tampa, aí sim voará para um outro mundo, um mundo só seu, onde o que foi será e o que será já foi num destino SINAL.
3 comentários:
Amei. Fdx quase me puseste a chorar cabra. Mas Amei. Baci
Ah! Já me esquecia... Aproveito para dizer a este "meio mundo" que escreves CADA VEZ MELHOR, ADOREI, ESTIVE MESMO LÁ DENTRO ;) KISS
Olá doce Fritada!!!
Que bom que gostaste e principalmente o sentiste.
E este “meio mundo” está sempre por aqui, quando tiveres vontade de tê-lo por companhia.
E cá dentro também estarás sempre tu!
Um beijo daqueles. Muá!
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