domingo, 16 de setembro de 2012

Ca.ir





Cairão,
Sem razão lágrimas molhadas, avistam um chover como quando chove à séria, e do chão seco de fim de verão sairá o bafo quente da humidade presa.


Cairão,
Esculpem o seu Eros a paixão,  um ser tão gigante e sossegado num abraço apertado, debruado e magoado e que é  forte e confessado, pintado a negras nódoas escavadas.


Cairão,
Loucos num colchão, sobre um qualquer tecto ou não, embaraçam o que já não vive de ilusão, engolem a solidão.

Cairão,
Libertos dos “ss” dos “ses” e de todos os “talvez não” e se amam sem acto abstracto sobre uma tal razão.

Cairão,
Cultivaram sabores desejados, cheiros emanados e todos sonhos visionados, anseiam ver crescer garbosas folhas, flores e frutos que depois...

Cairão. 

 

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