domingo, 7 de outubro de 2012

vai




O cheiro a canja de galinha chega vindo da cozinha. A minha cabeça está a estalar. E sinto o medo terrível a doença que se vai apoderar.
Odeio-te.
Apetece-me dizer asneiras, sair de casa sem destino, falar com um qualquer desconhecido ou abraçar um cão vadio.
Quero gritar em modo silencioso, voltar atrás e arrumar os livros que deixei desarrumados na biblioteca que desconheço.
Quero chorar seco, falar com quem já morreu, exaltar a saudade dos que já se foram e se cremam no pensamento .
Quero deixar de amar, de dizer que amo e riscar todas as vezes que assaltei a palavra.
Quero suar das mãos e irritar-me com qualquer alguém.
Quero beber café como quem bebe chá de camomila para se exaltar.
Quero bater-te e não dizer porque te espanco assim.
E o cheiro a canja faz-me vomitar,
Odeio-te, porque sinto o acreditar que o querer acredito que não passa de uma só noite de luar.
Odeio-te, aperto do meu peito.
Odeio-te.

2 comentários:

Anónimo disse...

Respira, respira, respira. OU então age, rasga, estraga grita e alivia.
Beijos
Todos temos os nossos dias menos bons

"Picos" disse...

Hoje pintei.

Estou óptima! Amanhã o sol nasce de novo. Não é assim???
:)


Obrigada anónimo das 17:45